29 dezembro 2008

24 dezembro 2008

Apesar de mim é Natal



LUA NOVA BENZA DEUS
MINHA MADRINHA MÃE DE DEUS
QUE ME FEZ A CRUZ NA TESTA
QUE O DEMONIO NÃO ME IMPEÇA
NEM DE NOITE,NEM DE DIA
NEM Á HORA DO MEIO-DIA
LUA NOVA BENZA DEUS
MINHA MADRINHA MÃE DE DEUS

23 dezembro 2008

Não sei, não sei o que é isto




Não sei por que te foste embora.
Não sei que mal te fiz, que importa,
só sei que o dia corre e àquela hora,
não sei por que não vens bater-me à porta.

Não sei se gostas de outra agora,
se eu estou ou não para ti já morta.
Não sei, não sei nem me interessa,
não me sais é da cabeça que não vê que eu te esqueci.

Não sei, não sei o que é isto
já não gosto e não resisto
não te quero e penso em ti.

Não quero este meu querer no peito,
não quero esperar por ti nem espero.
Não quero que me queiras contrafeito,
nem quero que tu saibas que eu te quero.

Depois de este meu querer desfeito,
nem quero o teu amor sincero.
Não quero mais encontrar-te,
nem ouvir-te nem falar-te,
nem sentir o teu calor.
Porque eu não quero que vejas
que este amor que não desejas
só deseja o teu amor.

Amália Rodrigues

22 dezembro 2008

Inverno na alma

O Inverno Velho,
Velho, velho.
Chegou o Inverno.
Vem de sobretudo,
Vem de cachecol,
O chão onde passa
Parece um lençol.
Esqueceu as luvas
Perto do fogão:
Quando as procurou,
Roubara-as um cão.
Com medo do frio
Encosta-se a nós:
Dai-lhe café quente
Senão perde a voz.
Velho, velho, velho.
Chegou o Inverno.


Eugénio de Andrade



Este ano o Solstício de Inverno ocorreu no dia 21 de Dezembro às 12h04m. Este instante marca o início do Inverno no Hemisfério Norte. É a estação mais fria do ano e prolonga-se por 88,99 dias até ao próximo Equinócio (primavera) que ocorre no dia 20 de Março de 2009 às 11h44m.
Solstícios: pontos da eclíptica em que o Sol atinge as posições máxima e mínima de altura em relação ao equador, isto é, pontos em que a declinação do Sol atinge extremos: máxima no solstício de Verão e mínima no solstício de Inverno.
A palavra de origem latina (Solstitium) está associada à ideia de que o Sol ficaria estacionário, ao atingir a sua posição mais alta ou mais baixa no céu. Veja-se a figura do analema solar (posição do sol no céu ao meio-dia local ao longo de um ano) para um lugar.
O Solstício de Inverno era conhecido como o “nascimento do sol” desde a era mais remota e festejado por todos os povos no hemisfério norte, que é também o de maior população (maiores massas continentais).
Este acontecimento astronómico era muito importante visto marcar o início do novo ciclo do Sol sobre a Terra, com dias cada vez maiores e mais quentes até ao novo retorno.
A esta data associavam-se rituais ou festas muito importantes. Por exemplo:
As civilizações mais antigas consideravam o Sol como sendo o filho da luz, a luz para eles representava Deus em vida.
Entre os druídas, o solstício era comemorado como o dia da fertilidade e muitas mulheres tentavam engravidar nesse dia.
Nos povos asiáticos, o solstício era representado por um velho de barbas brancas e roupagem vermelha e branca. Esse ser representava Deus na Terra e os asiáticos acreditavam que esse Deus encarnado trazia para a humanidade o seu filho sol.
Os Egípcios festejavam o solstício com rituais de magia que envolviam o cultivo de sementes.
Os Indianos festejavam-no transcendendo os corpos em rituais dimensionais mágicos.
Entre os povos das Américas no hemisfério Sul, os Incas mais antigos e os indígenas comemoravam o Solstício de Inverno no dia 21 de Junho e o Solstício de Verão no dia 21 de Dezembro.
Os Maias elaboraram um calendário perfeito usando o solstício como o início do ciclo do sol e da lua na Terra.
Já nos dias de hoje e talvez também por pressão da sociedade de consumo há grupos e colectividades que começam a festejar os equinócios (a festa da Primavera) e solstícios.


A festa cristã do Natal
No ano 336 D.C., o Imperador Romano Constantino I alterou os motivos das grandes festas do solstício e passou a ser comemorado o nascimento de Cristo, o salvador da humanidade, em vez do nascimento do sol, na data fixa de 25 de Dezembro. A partir de então Roma e todo o seu vasto império abraçam o Cristianismo o que deixa profundas marcas no futuro de toda a civilização ocidental.
Entre os povos das Américas no hemisfério Sul, os Incas mais antigos e os indígenas comemoravam o Solstício de Inverno no dia 21 de Junho e o Solstício de Verão no dia 21 de Dezembro. Começaram a festejar o Natal em Dezembro só na época da expansão cristã.
Assim, o solstício alterou o seu significado cultural com o tempo e passou a ser comemorado como o “Nascimento de Cristo, o filho de Deus, a que chamamos NATAL.
A NOBRE E AUGUSTA ORDEM MAÇONICA celebra o solstício sentando à mesma mesa os irmãos de todas as classes e credos, em ágapes rituias de LUZ.

Ainda bem que não é Natal...


Quis saber quem sou
O que faço aqui
Quem me abandonou
De quem me esqueci
Perguntei por mim
Quis saber de nós
Mas o mar
Não me traz
Tua voz.

Em silêncio, amor
Em tristeza e fim
Eu te sinto, em flor
Eu te sofro, em mim
Eu te lembro, assim
Partir é morrer
Como amar
É ganhar
E perder

Tu vieste em flor
Eu te desfolhei
Tu te deste em amor
Eu nada te dei
Em teu corpo, amor
Eu adormeci
Morri nele
E ao morrer Renasci

E depois do amor
E depois de nós
O dizer adeus
O ficarmos sós

Teu lugar a mais
Tua ausência em mim
Tua paz
Que perdi
Minha dor que aprendi
De novo vieste em flor
Te desfolhei...

E depois do amor
E depois de nós
O adeus
O ficarmos sós

11 dezembro 2008


09 dezembro 2008

Luango



LUANGO, meu amado Luango. Hoje é a FESTA DE NZAZI no Terreiro de São Jorge filho da Gomeia. NZAZI é o orixá da justiça é o ultimo rei de OIO. É a energia do raio e do trovão, mas também da festa e da mesa posta com comida farta. Luango, de branco carrega de forma inseparável, LEMBAFURANGA. Os dois, com NSUMBO, DANDALUNDA, MATAMBA e GONGONBIRA mudaram a minha vida para sempre.
Hoje tenho muitas saudades do Brasil, das festas simples, de cozinha no fogo de chão, das panelas grandes, Ipete de Dandalunda e sobretudo de dançar no Xirê do Rei.

KAO KABECILE!
OH NZAZI EH
OH NZAZI AH
OH NZAZI EH MAIANGOLE MAINGOLA
EH LUANGO EH KAFILESSANGE
EH LUANGO EH



Cheia de penas
Cheia de penas me deito
E com mais penas
Com mais penas me levanto
No meu peito
Já me ficou no meu peito
Este jeito
O jeito de te querer tanto
Desespero
Tenho por meu desespero
Dentro de mim
Dentro de mim o castigo
Não te quero
Eu digo que não te quero
E de noite
De noite sonho contigo
Se considero
que um dia hei-de morrer
No desespero
Que tenho de te não ver
Estendo o meu xaile
Estendo o meu xaile no chão
Estendo o meu xaile
E deixo-me adormecer
Se eu soubesse
Se eu soubesse que morrendo
Tu me havias
Tu me havias de chorar
Uma lágrima
Por uma lágrima tua
Que alegria
Me deixaria matar

07 dezembro 2008

A vida dança-se



Na minha roça de candoblé ontem foi dia de festa e de celebração. Celebrou-se a energia do vento e da chuva dessa Bamburucema ou Iansã tão amada dos baianos. Mulheres de fogo, vento e chuva, amantes de Nzazi, mulheres decididas e empreendedoras. A minha Mameto de Inkisse é de Matamba, a ela, daqui de tão longe, peço a bênção e peço aos orixás que a protejam e lhe dêem a força do vento e mansidão da brisa para governar o Terreiro de São Jorge.

EPA EH OYA!
Dia: Quarta-feira
Cores: Marrom, Vermelho e Rosa
Símbolos: Espada e Eruesin
Elementos: Ar em movimento, Fogo
Domínios: Tempestades, Ventanias, Raios, Morte

O maior e mais importante rio da Nigéria chama-se Níger, é imponente e atravessa todo o país. Rasgado, espalha-se pelas principais cidades através de seus afluentes por esse motivo tornou-se conhecido com o nome Odò Oya, já que ya, em iorubá, significa rasgar, espalhar. Esse rio é a morada da mulher mais poderosa da África negra, a mãe dos nove orum, dos nove filhos, do rio de nove braços, a mãe do nove, Ìyá Mésàn, Iansã (Yánsàn).
Embora seja saudada como a deusa do rio Níger, está relacionada com o elemento fogo. Na realidade, indica a união de elementos contraditórios, pois nasce da água e do fogo, da tempestade, de um raio que corta o céu no meio de uma chuva, é a filha do fogo-Omo Iná.
A tempestade é o poder manifesto de Iansã, rainha dos raios, das ventanias, do tempo que se fecha sem chover.
Iansã é uma guerreira por vocação, sabe ir à luta e defender o que é seu, a batalha do dia-a-dia é a sua felicidade. Ela sabe conquistar, seja no fervor das guerras, seja na arte do amor. Mostra o seu amor e a sua alegria contagiantes na mesma proporção que exterioriza a sua raiva, o seu ódio. Dessa forma, passou a identificar-se muito mais com todas as actividades relacionadas com o homem, que são desenvolvidas fora do lar; portanto não aprecia os afazeres domésticos, rejeitando o papel feminino tradicional. Iansã é a mulher que acorda de manhã, beija os filhos e sai em busca do sustento.
O facto de estar relacionada com funções tipicamente masculinas não afasta Iansã das características próprias de uma mulher sensual, fogosa, ardente; ela é extremamente feminina e o seu número de paixões mostra a forte atracção que sente pelo sexo oposto. Iansã (Oyá) teve muitos homens e verdadeiramente amou todos. Graças aos seus amores, conquistou grandes poderes e tornou-se orixá.
Assim, Iansã tornou-se mulher de quase todos os orixás. Ela é arrebatadora, sensual e provocante, mas quando ama um homem só se interessa por ele, portanto é extremamente fiel e possessiva. Todavia, a fidelidade de Iansã não está necessariamente relacionada a um homem, mas às suas convicções e aos seus sentimentos.
Algumas passagens da história de Iansã relacionam-na com antigos cultos agrários africanos ligados à fecundidade, e é por isso que a menção aos chifres de novilho ou búfalo, símbolos de virilidade, surgem sempre nas suas histórias. Iansã é a única que pode segurar os chifres de um búfalo, pois essa mulher cheia de encantos foi capaz de transforma-se em búfalo e tornar-se mulher da guerra e da caça.
Oyá é a mulher que sai em busca do sustento; ela quer um homem para amá-la e não para sustentá-la. Desperta pronta para a guerra, para a sua lida do dia-a-dia, não tem medo do batente: luta e vence.
Características dos filhos de Iansã / Oyá
Para os filhos de Oyá, viver é uma grande aventura. Enfrentar os riscos e desafios da vida são os prazeres dessas pessoas, tudo para elas é festa. Escolhem os seus caminhos mais por paixão do que por reflexão. Em vez de ficar em casa, vão à luta e conquistam o que desejam.
São pessoas atiradas, extrovertidas e directas, que jamais escondem os seus sentimentos, seja de felicidade, seja de tristeza. Entregam-se a súbitas paixões e de repente esquecem, partem para outra, e o antigo parceiro é como se nunca tivesse existido. Isso não é prova de promiscuidade, pelo contrário, são extremamente fiéis à pessoa que amam, mas só enquanto amam.
Estas pessoas tendem a ser autoritárias e possessivas; o seu génio muda repentinamente sem que ninguém esteja preparado para essas guinadas. Os relacionamentos longos só acontecem quando controlam os seus impulsos, aí, são capazes de viver para o resto da vida ao lado da mesma pessoa, que deve permitir que se tornem os senhores da situação.
Os filhos de Oyá, na condição de amigos, revelam-se pessoas confiáveis, mas cuidado, os mais prudentes, no entanto, não ousariam confiar-lhe um segredo, pois, se mais tarde acontecer uma desavença, um filho de Oyá não pensará antes de usar tudo que lhe foi contado como arma.
O seu comportamento pode ser explosivo, como uma tempestade, ou calmo, como uma brisa de fim de tarde. Só uma coisa o tira do sério: mexer com um filho seu é o mesmo que comprar uma briga de morte: batem em qualquer um, crescem.

Quarta-feira será a Festa de NZAZI...que pena tenho de estar longe.

05 dezembro 2008

Alquimia


De Groene Leeuw, 1674


Uma Leitura para o Átila
Neste tratado do Leão Verde, com o sub-título de Luz dos Filósofos, são expostos os segredos e modos de trabalhar os metais, os minerais, os vegetais, os animais, como suportes da Imaginação Activa. Para além das práticas de laboratório, que conduziriam mais tarde às Ciências Químicas, havia, na procura alquímica, verdadeiros exercícios de Meditação, em que ver, ler e neste caso desenhar as gravuras ajudavam ao aperfeiçoamento da Virtude interior.
Nem tudo era ouro, ou melhor, o ouro simbolizava uma Espiritualidade exemplar.
O autor apresenta-se como "Mestre mineiro", o que também é simbólico: escava o interior da Terra, o interior da Alma, e assim como se propõe retirar de metais, vegetais e animais o melhor para um aproveitamento das qualidades medicinais que possuam, incita o leitor ( o adepto) a meditar sobre o sentido mais profundo que a gravura oferece.
Trabalho que, como o da exploração da mina, exige tempo e paciência.
Na capa sobressai Hermes, com o seu Caduceu, emblema da Sabedoria a obter. De frente e olhando para o deus, o Adepto, já alado (sublimado) e sob a luz do Sol.
Nas gravuras inferiores temos a fase da Morte/meditação, que dará por fim a Chave de todo o Conhecimento ( a árvore do lado direito é discreta alusão à Arvore do Jardim do Éden).
Por fim escolhi a pequena gravura da Tartaruga, ao alto, pois nunca é demais, em tempos apressados como o nosso, lembrar que a paciência, no decurso do Tempo, é a verdadeira Mestra da Vida: um Tempo que nos conduz ao Templo, o da Sabedoria de Salomão, que nem nos melhores filmes de Indiana Jones conseguiremos descobrir. O Tempo do alquimista não é um passatempo, é mais do que isso.
O comentador da gravura explica: o Sujeito da Arte ( o Adepto) transforma-se no Saturno dos Sábios, também denominado Tartaruga,por se assemelharem as marcas da sua carapaça a certas forma que o Mercúrio também apresenta à superfície. Devagar, com a lentidão que a caracteriza, caminhará a tartaruga para a perfeição "fixa" do Leão.
É este, ao fim e ao cabo, o segredo...




Acordo ortográfico?




Casa do Bento (A saga continua)
– Não percebo porque é que o Sousa Tavares chamou Equador a um romance passado na nossa terra! – Exclamou ela embrulhada na mantinha.
– São Tomé também era Portugal, mãezinha...
– São Tomé? São Bento do Cortiço. A história é passada em São Bento do Cortiço. Em Estremoz. – Respondeu já com um pouco de azedume.
– Essa é outra. – Respondeu ele sem levantar a voz.
– Outra? Agora os mais velhos não sabem ler. Equador é a história alentejana e ponto final. ENTÃO NÃO QUEREM LÁ VER!

04 dezembro 2008

Lux Mundi



Medvedev, presidente da Federação Rússia afirmou na sua visita a Cuba: «A Rússia está de volta.»
Está de volta a Cuba e ao cenário mundial enquanto potência cada vez mais forte, agora que começa a refazer-se dos maus momentos vividos.

Adriano Moreira adverte para o facto de ser urgente regressar rapidamente ao multilateralismo sem deixar de fora a China. A China começa a mover-se apesar de grandes problemas internos, com uma estratégia e uma visão política muito próprias. O império do meio está a tornar-se expansionista, pelo menos no que diz respeito à economia.

Mário Soares esta semana também, fala, com a lucidez e o brilhantismo que lhe conhecemos, sobre a necessidade de fortalecer os órgãos mundiais multilaterais como pódio privilegiado de discussão e solução dos problemas do mundo. Soares, com visão, aponta ainda baterias, e bem, contra uma segunda candidatura de Barroso à comissão europeia defendendo o argumento de que foi obreiro da cimeira dos Açores com Bush e Blair, entretanto desaparecidos.

Bush, com o ar de inteligência que lhe conhecemos deu uma entrevista explicando que a sua grande falha foi uma avaliação incorrecta da guerra do Iraque.
ELE QUE TENTE EXPLICAR ISSO aos prisioneiros de Guantanamo e às familias dos que morreram de ambos os lados desta absurda guerra!

Por último, last but not the least, escutámos uma comissão do senado americanos avisando que têm informações fidedignas de que até 2013 deflagrará uma bomba de destruição massiva,provavelmente biológica,numa qualquer parte do mundo. A CIA no seu melhor a pressionar o orçamento de Obama para a Inteligência.

Aguardamos com expectativa que os valores humanistas e da liberdade prevaleçam sobre todos os outros que até agora deram provas contrárias.



Varicela
O homem está com VARICELA...
Fica em casa e não te mexas.



Zitinha
A MINHA FILHA ESTÁ EM LISBOA. Linda e maravilhosa com a frescura dos seus 14 anos aculturados entre o afro-brasil e portugal snob.
Adoro-a.



Casa do Bento
– Mãe para que é este balde?
– É para aproveitar a água fria que sai para a banheira antes do banho começar.
– Oh mãe, a mãe não pode pegar nestes baldes cheios de água,o médico disse-lhe isso muitas vezes.
– Oh filho, tenho de ser amiga do ambiente.
– Mãe, não seja forreta, deixe-se disso. – retrocou ele já um pouco irritado
– Sabes que mais? Ele fica cá, só não o gastes antes da missa de sétimo dia.

03 dezembro 2008

Frio em Lisboa



Too young to die but too old to survive
I've spent too long trying to write this poem
The rhythm is OK but the words are all wrong
Maybe it's time for a change
I've lived a lie since the day I arrived
Building my dreams – grand romantic schemes
Now I'm thirty five but I'm still in my teens
Maybe it's time for a change
Now it's time to say goodbye
To my suit, my shirt, my tie
My youth seems to have passed me by
And I'm too young to die
I will not weep for what we leave behind
I must break free from that part of me
That values the art over the humanity
I think it's time for a change
I thought that I was doing fine
But now I've changed my mind



Casa do Bento
– Tenho um papo debaixo do olho, estou a ficar velho. – Disse ele consternado.
– A idade chega a todos. Querias ter um rabinho de bébé com pelezinha de pêssego, não? – rematou ela com secura.
– Pois é, mas os papos são grandes. – Contrapôs ele.
– Põe buldog. – Disse ela de repente.
– Buldog? – perguntou ele incrédulo. – Isso é um cão.
– Todas as artistas usam...
– Butox – corrigiu ele – não é buldog.
– Já vi que estás com a telha? Deixa, acabou a conversa!

02 dezembro 2008

Com que voz...



Com que voz chorarei meu triste fado,
que em tão dura prisão me sepultou,
que mor não seja a dor que me deixou o tempo,
de meu bem desenganado?

Mas chorar não se estima neste estado,
onde suspirar nunca aproveitou;
triste quero viver, pois se mudou
em tristeza a alegria do passado.

Assi a vida passo descontente,
ao som nesta prisão do grilhão duro
que lastima o pé que o sofre e sente!
De tanto mal a causa é amor puro,
devido a quem de mi tenho ausente
por quem a vida, e bens dela, aventuro.