27 setembro 2010

Cosme e Damião


COSME E DAMIÃO
Os Erês,ou a energia infantil e livre das crianças.

São Cosme e Damião eram irmãos gêmeos e nasceram na Arábia por volta do século III, em meio a uma nobre família. Estudaram medicina na Síria, e depois foram para Egéia onde seguindo a Ordem de Jesus converteram-se ao Cristianismo e se tornaram discípulos de Cristo. Aproveitando de sua arte médica e confiando muito no poder divino que próximo se tornaram, Cosme e Damião exerciam medicina sem receber pagamento em troca, tratando em n ome da fé aqueles que necessitavam amenizar a indelével dor física e a melancolia da dor d'alma. Todavia, historiadores sem o rancor que a disciplina inspira aos laicos, apontam que o grande objetivo dos gêmeos era a conversão dos pagãos à fé cristã. Por se recusarem a renunciar seus princípios religiosos, e acusados de inimigos dos deuses pagãos foram decapitados na Egéia em 303 dando prosseguimento ao cataclisma regiligioso vigente. Atualmente, São Cosme e Damião são venerados como padroeiros dos médicos e farmacêuticos e por causa de sua simplicidade e inocência, são invocados também como protetores das crianças, nascendo deste sincretismo a proteção, a comemoração e a ideologia do camdoblé na adoração dos eres, representante sinalagmático dos indigitados santos nos terreiros de roça baiano.


CARURU
O caruru é um prato típico da culinária baiana, originalmente uma comida ritual do candomblé, provavelmente trazida para o Brasil pelos escravos africanos. Pode-se comer acompanhado de acarajé ou abará.
É preparado com quiabo, uma verdura que se pensa ser de origem africana, cebola, camarão frescos e seco, azeite de dendê, castanha-de-caju torrada e moída, amendoim torrado sem casca e moído.Junte a castanha, o amendoim e os camarões secos e passe no processador até virar pó. Inclusive esse pó pode ser guardado bem fechado por vários dias.
Lave os quiabos. Despreze a tampa e o fim do cabo. Corte os quiabos em rodelinhas ou pequenos pedaços. Não lave depois de cortado, pois o quiabo fica babento. Em uma panela coloque um pouco de azeite de oliva e cebola picadinha para dourar e refogue os quiabos. Deixe cozinhar o quiabo com os temperos, e com um pouco de água para cozinhar. Aos poucos coloque o pó feito com a castanha, o amendoim e o camarão. Se quiser pode colocar caldo de peixe ou bacalhau também. No final do cozimento acrescente o azeite de dendê e retire do fogo.
Pronto, é servido tradicionalmente em uma gamela. Acompanha arroz branco e moqueca de peixe.
O mais interessante é a forma como é comido.
Todas as familias baianas,das mais pobres à mais abastadas, organizam carurus e chamam amigos para comer.Obrigatoriamente devem chamar sete crinaças desfavorecidas da rua mas na prática a porta e o tacho de caruru ficam abertos para que todos os que entram se sirvam.
Quando digo todas, é mesmo todas as familias fazem carurus para as crianças de rua e é um mês de barriga cheia para pivetada.
Não se serve alcool.
Todos os terreiros de candomblé fazem também carurus para os erês,que são entidades dessa religião mas isso é um assunto de que falaremos mias tarde.
No sincretismo os erês estão representados em São Cosme e São Damião que se celebra a 26 de Setembr

26 setembro 2010

Que sejam muito felizes






EQUILIBRIUM
Etapas para esse tão arduo caminho.


1-Actividade:-Os nossos cérebros estão sempre ávidos de ocupação.
Para lá do te e do ser, que é sempre mais dificil,é preciso agir sem agitação.

2-Vida Social:-amizade,casamento,familia,seja que laços forem promovem o sentimento de protecção e de partilhas de não se estar só.
Quem tem uma rede própria e densa de relações não enfrenta as angústias da vida sózinho

3-Concentração:- é absolutamente imperioso,fruir do aqui e agora nos prazeres mais simples.Não se pode viver obececado com o futuro.
Quem só espera vir a ser feliz,nunca o será.

4-Expectativas realistas.
Nem exigir demais de si,nem de menos.As duas situações geram insatisfação.

5-Pensamentos positivos.
Embora seja mais fácil de dizer do que de conseguir,é preciso ter a austucia de tentar viver como se fosse feliz, mesmo não sendo a toda a hora e momento.

6-Aprender a lidar com as dificuldades da vida:-há crises salutares e que nos fazem bem.Com elas aprendemos e tornamo-nos diferentes.

Freud dizia que a felicidade consistia em "poder amar trabalhar".O trabalho realiza ,o amor commpleta-nos.Será?

O ser humano vive numa tensão permanente,e eu que o diga,:é um ser de desejo insaciável, de tal modo que o que alcança nunca o satisfaz.A tristeza da finitude e a plenitude que, para Santo Agostinho apenas se encontra em Deus.

22 setembro 2010

INTERROMPENDO O AMOR




Li o livro.
Antes nãotivesse lido.
Que se faz quando tudo arde?
Ler o livro dentro dele é sufocante.

A loucura que se mascara de normalidade difere fundamentalmente do que costumamos entender por loucura. (...) A contradição da psicopatologia actual consiste em declarar doentes sobretudo pessoas que, no fundo, não procuram outra coisa senão manter-se em ligação com os seus próprios sentimentos, e não aquelas que procuram desfazer-se dessa ligação."
A. Gruen, in A Loucura da Normalidade, Ed. Assírio & Alvim

RUGBY PLAYERS?

Equipa gay de râguebi vai revelar-se no Queer


Um documentário sobre os Dark Horses passa esta quinta-feira no festival Queer Lisboa. Bruno Horta já o viu. E conseguiu falar com os realizadores.

Como há 20 anos explicou a professora americana Judith Butler em Gender Trouble, livro fundador da Teoria Queer, a identidade masculina ou feminina é acima de tudo uma realidade performativa. Fazer coisas que achamos serem próprias dos homens ou das mulheres é que nos transforma aos olhos dos outros (e os outros aos nossos olhos) em homens ou mulheres dignos desse nome.
Vem isto a propósito do documentário Boys Just Wanna Have Fun, que será exibido esta quinta-feira, dia 23, às 18.00, no cinema São Jorge, no âmbito do Queer Lisboa, festival de cinema gay e lésbico. Trata-se de um retrato rápido, em tom de reportagem televisiva, sobre os Dark Horses, a primeira equipa gay de râguebi em Portugal, cuja formação foi noticiada pela primeira vez pela Time Out Lisboa, em Julho do ano passado.
Ao longo de 50 minutos, os jogadores transmitem a ideia de que a homossexualidade e a masculinidade tradicional são realidades compatíveis. Eles bebem cerveja e exibem músculos, põem fato e gravata e dizem-se agressivos. São camaradas distantes e afáveis. Mostram aquilo a que se chamaria pose tradicional do homem (heterossexual). Podem até nunca ter lido Judith Butler, mas encaixam bem na teoria da autora – o que não é bom nem mau, é apenas aquilo que é.
Os realizadores de Boys Just Wanna Have Fun, Luís Hipólito, de 39 anos, jornalista e membro da produtora de audiovisuais Mínima Ideia, e Margarida Moura Guedes, de 40 anos, realizadora e membro da produtora Horse on Wheels, conseguiram que dez dos 30 membros da equipa falassem e dessem a cara – o que é tanto mais notável quanto até agora a equipa resguardava ao máximo a identidade dos seus membros.
Segundo Hipólito, foram apresentadas três hipóteses aos jogadores: ou apareciam e eram entrevistados, ou apareciam mas não eram entrevistados, ou nenhuma das duas. “O Luís sempre conseguiu que as pessoas mais improváveis aceitassem falar”, nota Moura Guedes, em conversa com a Time Out. Conhecem-se desde que trabalharam juntos no programa Loja do Cidadão, da RTP, há cerca de dez anos. Ele não descarta esse talento, mas aponta outro motivo para ter conseguido quebrar as reticências dos Dark Horses: “Creio que houve da parte deles um menor receio da imagem do que da escrita. As pessoas consideram que aquilo que dizem à imprensa escrita pode ser manipulado, enquanto o que fica gravado em imagem está mais controlado e mais próximo da verdade.” Ainda assim, admite: “Não foi fácil.”
O documentário foi gravado durante dois meses, durante este Verão. Além de mostrar os treinos dos Dark Horses, desvenda também um pouco da vida privada dos jogadores Jorge Santos, Pedro Ramos, Renato Castro, Filipe Baptista, Carlos Reis, Paulo Baião, Hugo Suspiro, Ricardo Morgado e Pedro Carita. Mais o treinador, cujo nome pode finalmente escrever-se por completo nesta revista, uma vez que fica público por via do documentário: Filipe Almeida Santos.
“Esta equipa é um espaço de liberdade.” “Somos todos pessoas.” “Isto não é diferente de um grupo de rapazes que jogam à bola.” “Queremos passar uma mensagem de normalidade.” São estas algumas das ideias defendidas pelos jogadores. Pelo meio, o locutor de rádio Aurélio Gomes lê passagens homoeróticas de textos de Thomas Mann, Oscar Wilde e Marcel Proust, entre outros.
Quanto à impressão que lhes ficou, os realizadores são unânimes: “É um grupo heterogéneo, mas têm o objectivo comum de criar um clã, ou uma tribo urbana, com uma postura discreta que foge aos estereótipos de exuberância ligados a certos grupos da comunidade gay. A forma de afirmação que escolheram foi o desporto e a masculinidade clássica.”
Por ter sido totalmente financiado pela RTP2, patrocinador oficial do Queer deste ano, o documentário tem direito a uma sessão própria e está fora da competição oficial. Será exibido mais tarde na RTP2, mas ainda não se sabe a data.
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