Discurso de Vital Moreira no Congresso do PS
«É urgente tomar medidas para que a nossa democracia não continue envenenada pela suspeita de que a maioria da classe política é corrupta. Não é. Mas a convicção vale de pouco se não convencermos os nossos concidadãos. É, por isso, inadiável retomar o projecto do camarada João Cravinho e prever na lei penal o crime de enriquecimento ilícito. O político que adquirir bens em desconformidade com as suas declarações fiscais de rendimentos tem de provar que o fez com dinheiro limpo. Se não, será punido.É preciso parar de encobrir os corruptos com palavreado e má técnica jurídica. Os portugueses sabem que as pessoas sérias não têm dificuldade em fazer prova de onde veio o dinheiro com que compraram casa, carro, férias ou acções.A campanha de ataque político e pessoal ao Primeiro Ministro José Sócrates, a pretexto de uma investigação judicial sobre corrupção, permite compreender como, enquanto não tivermos a coragem de criar meios eficazes e expeditos de punir a corrupção, continuará a pairar a suspeita sobre todos, para desgraça da nossa República.Não podemos ignorar o estado e a morosidade da Justiça, pelo circo em que se transformou o segredo de justiça, sobretudo na fase de inquérito de processos mediáticos, e pelo insustentável desarmamento do Estado em relação à corrupção, ao tráfico de influências e aos crimes de colarinho branco.Actuemos e actuemos já!De outro modo, os culpados continuarão impunes, gente íntegra será caluniada na praça pública, persistirá a roubalheira e aprofundar-se-à a desconfiança nos políticos e nas instituições da República.Não vale a pena pretender - como fazem muitos, à nossa direita e à nossa esquerda - que existem soluções milagrosas para a crise global a que Portugal não escapa.Os portugueses sabem que a resposta vai implicar sacrifícios. Por isso exigem que o Estado mobilize recursos para socorrer os mais vulneráveis e salvar postos de trabalho e empresas com futuro – sobretudo PMEs, que são as que mais criam emprego em Portugal.Por isso não compreenderão que se permita o desperdício de dinheiros públicos, enriquecendo banqueiros e mais uns tantos, à custa do empobrecimento do país.Não basta ao governo do PS quedar-se por deduções fiscais: importa repensar todo o sistema tributário. É preciso taxar as mais-valias do capital e controlar os “offshores” - esses paraísos da evasão fiscal e da criminalidade organizada – seja a nível europeu e global, incluindo na Madeira.Apesar dos progressos que a democracia nos trouxe, não podemos deixar de sentir vergonha quando comparamos hoje os níveis da desigualdade em Portugal com os dos nossos parceiros europeus.Uma desigualdade que tem género: são as mulheres, a maioria da população portuguesa, quem mais sofre a iniquidade, trabalhando em dupla jornada, na empresa e em casa; sujeitando-se a salários mais baixos para trabalho igual; sendo as primeiras nos índices de precariedade e de desemprego e as últimas nos órgãos de decisão política e económica.Nesta matéria, tal como no combate à violência doméstica em que mulheres e crianças são a maioria das vítimas, precisamos que o Estado funcione. Ou seja, precisamos de inspecções, policias e tribunais que apliquem punições exemplares aos violadores da lei.Sem mais Europa e sem o Tratado de Lisboa, ultrapassar a crise global será muito mais custoso e demorado.A crise evidencia que a UE não está a responder às expectativas dos cidadão, por falta de liderança e falta de visão estratégica.O Plano de Relançamento da Economia apresentado pelo Presidente da Comissão Europeia é insuficiente e sobretudo pouco europeu – coesão e solidariedade são noções alarmantemente ausentes. É fundamental que Portugal faça ver no Conselho Europeu de amanhã que a eficácia deste plano se avalia pela capacidade de salvar e criar emprego em toda a Europa.O mundo está perigoso. E está a mudar. Em Portugal o PS tem de liderar o processo de mudança e, para isso, precisa de vencer a batalha da confiança e da esperança.Viva o PS! Viva Portugal!»
Texto da intervenção no XVI Congresso do PS, em Espinho (28.2.09)
Pena é que tenham deitado fora a legislação anti-corrupção do João Cravinho e o tenham banido da Comissão Nacional.
Dedicado às três de trinta
Dia Internacional da gaja
Ter um dia Internacional para a mulher é de um mau gosto extremo. Hoje, no jornal METRO, que se distribui gratuitamente às centenas,aqueles que, como eu, viajam para o emprego nos maravilhosos transportes públicos lisboetas,várias gajas peroraram sobre o assunto. De todos os testemunhos destaco a Vanessa Oliveira, que é apresentadora de televisão, (fiquei a saber) e que nos mimou com o seguinte raciocínio: «...a desvantagem das mulheres é que acumulam celulite. Por outro lado, a gordura dos homens é muito má porque vai para o coração...»
Fodasse! Dêem-lhe com uma moca na cabeça.
Ai Bahia, Bahia de São Salvador
«Lagarto, como tem passado? Sente-se muito a falta de Vossa Graça por estas terras selvagens de Vera Cruz. O calor contínua atiçando as carnes dos colonos, os índios continuam insaciáveis e os padres rezando missas que, pela graça Divina, não alcançam os sonhos do senhor Cardeal Patriarca!
As festas religiosas viraram verdadeiros entrudos e o próprio entrudo uma autêntica orgia sodomita. Mas, notícia nenhuma desta cidadela tropical merece referência sem a sua presença, suas alegorias e eufemismos. Pois sim, o Dr. Lagarto Lagarto deixou tantas memórias ao povo da Bahia que ainda hoje se escuta o seu nome nos bailes das casas mais abastadas e até nos batuques dos negros nas senzalas. E assim os bailes viraram fados e os batuques viraram mornas. Por isso mais uma vez lhe rogo caro amigo, deixe essa vida na corte. Salvador precisa de si, meu caro!»
Carta do meu amigo Duque de Caxias.
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Eu, tomando como inspiração as palavras maiores de Nosso Senhor, o Imperador D. Pedro I do Brasil, empunhei minha espada bem alto num beco perto da fazenda do Garcia e gritei para quem passava: «Se for para o bem de Salvador digam aos guetos que fico!»
Que os bons ventos o tragam rápido, juntos tornaremos novamente Salvador numa cidade respeitável, de bons e aprazíveis costumes!
2 comentários:
Tá com o blog todo modegninho!
Adoguei o Papai Noel e a camiseta.
Beijinho bom,
R
Como sempre uma caixa de surpresa...Papai- Noel fora de epoca é bem seu estilo amor, Mandamos mais do que beijos, sentimos muito sua falta.
Eva
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