17 novembro 2008

In adversitas felicitas crescent


Estas são as armas da família que construí...
Tenho muito orgulho nelas e muita nostalgia
In adversitas Felicitas crescent!


Cimeira do G20
Acho inacreditáveis estas cimeiras de boas-intenções e, (como bem escreveu Mário Soares no Público) que ela seja realizada sob a batuta daqueles que deixaram o mundo chegar a isto. Fazer uma cimeira presidida por um Bush que está cerceado de poderes ( e ainda bem), e por todos os rostos dos FMI,bancos mundiais,reguladores internacionais é no mínimo caricato e no máximo uma manobra de propaganda.
A medida a implementar e amplamente anunciada é também ridícula: criar mecanismos de alerta para situações semelhantes.
Deixem-me rir, aliás, deixem-nos chorar.
O que queremos saber é onde estão os offshores, os inshores, quem os supervisiona e como serão limitados (até porque fogem aos impostos) e donde provem esses dinheiros.
Nesta iniciativa recomendo vivamente que se começe por Jersey na respeitada Inglaterra.
Se investigarem esta maravilhosa ilha de Sua Majestada Britânica, ficarão mais chocados do que em tremor de terra em vez de darem importância às mijadas dos príncipes ou dos peidos da Rainha.
Permito-me so chamar a atenção para o facto de ao lado do anfitrião Bush se terem sentado, o Brasil à direita e a China à esquerda. Sei que o protocolo internacional ordena os países por ordem alfabética (em francês ou em inglês), mas ainda assim não é despiciente...



Oriente, lugar onde nasce... o Sol
O meu primeiro professor de História Geral da Arte, Mendes Atanázio, obrigou-nos a ler um livro que marcou para sempre o meu olhar em relação à arquitectura: «Saber ver a arquitectura», de Bruno Zevi.
Diz-nos o autor que na boa arquitectura o espaço deve ser pensado para aquilo que servirá.O espaço serve para aquilo que foi construído. Esta minha reflexão vem a propósito da Gare do Oriente e das minhas recentes experiências de passageiro.
É certo que os comboios circulam pelas linhas, os passageiros entram e saiem, mas numa zona húmida como aquela, a que se junta a ventania 300 dias por ano, torna a gare um lugar detestável,inóspito,desconfortável, a evitar sempre que se possa.
O piso zero é um congelador sem uma réstia de sol ou com uma iluminação natural inexistente.O piso superior igualmente frio, está cheio de obstáculos,má sinalética e não tem nunhum lugar onde, de Setembro a Junho se possa estar sentado à espera do próximo comboio.
Se subirmos para as paltaformas a tragédia aumenta.O vento devora os passageiros e a cobertura de ferro concebida por Santiago Calatrava, permite a entrada de todas as águas,desde chuviscos aos maiores aguaceiros.
Assim sendo,se chover,deves esperar no andar de baixo,onde não há lugar para esperar.
Temos uma gare com uma arquitectura monumental,espectacular mas sem preocupação com a sua praticidade.
Tenho também histórias para contar sobre Siza Vieira e a sua incapacidade de compreeder o ritual da eucaristia na Igreja de Marco Canavezes.Se tivesse lido a Instrução Geral do Missal Romano saberia, que, há 40 anos a pia baptismal,apesar de ser utilizada num rito de entrada, não se utiliza à porta das igrejas mas no altar-mor..mas vale mais cair em graça, do que ser engraçado...



Para a mais nova e minha amiga Rá

1 comentário:

Lua disse...

Até dói só de olhar...ai ai...
A sua amiga não se importa de partilhar a contemplação da paisagem pois não?
Grata

Lua