...vai à adega e prova o vinho!
Antes de baptizado e convertido ao Cristianismo, S. Martinho foi na mocidade soldado das legiões do Imperador Juliano. Certo dia, sob o vendaval e a neve, equipado e armado, montado a cavalo, S. Martinho viu um mendigo seminu, tiritando de frio, estendendo para ele a sua pobre mão ossuda e congelada.
O Santo parou o cavalo, tomou com caridade a mão desse abandonado e, em seguida, tomou da espada, cortou pelo meio a sua capa de agasalho, deu metade dela a esse miserável peregrino e, envolto na outra metade, sacudiu a rédea e prosseguiu através da tormenta, do vento e da neve.
Subitamente, porém, no caminho do soldado, a tempestade desfez-se, amainou o tufão e a geada, o céu descobriu instantaneamente, como por encanto, a sua profundidade límpida e azul, e um sol acariciante e resplandecente inundou a terra de alegria e vestiu de luz e calor esse cavaleiro caridoso.
Deus, reconhecido, para que não se apagasse da memória dos homens a notícia deste acto de bondade, praticado por um dos seus eleitos, dispôs que em cada ano, na mesma época em que S. Martinho se desfez da metade da capa, por alguns dias se interrompesse o Inverno, cessasse o frio, sorrisse o céu e a terra, e um calor saudasse a natureza, sempre insensível à vontade dos homens, em memória daquele que, em certo dia, humilde soldado, trotando a sós por um caminho, desafiou e venceu a fúria insuperável dos elementos.
Lua de Mel
Não esperem do Obama o que ele não vos pode dar. Ele é negro, mas na verdade é branco. Culturalmente branco, intrinsecamente branco. A cabeça dele funciona como um branco. Não sei se é um WASP escurecido. Espero que não, mas de esquerda não é certamente. De qualquer das maneiras, abriu-se aqui uma janela para o reencontro da América com a velha Europa e um regresso ao multilateral.
A América, dizia eu, entrou numa fase de declínio, mas sempre que isto acontece o país desenvolve um impulso renovador, uma surpreendente nova juventude, por isso, sem dúvida, a América tem ainda condições e recursos para lançar um novo ciclo económico de expansão. Nessa tarefa gigantesca há pressupostos essenciais. É IMPERIOSO reformar o FMI, o Conselho de Segurança da ONU e respeitar as decisões da Assembleia Geral.
No restante mundo o crescimento de outras super potências asiáticas é irreversível, acentuando a tendência para uma multi polaridade, com quatro ou cinco grandes potências, contra o momento presente de uni polaridade americana (muito mais saudável e equilibrado).
A Europa, para galopar este momento particular da sua história, ou se torna rapidamente nos Estados Unidos da Europa ou continua uma amálgama histórica de estados com as suas divisões e soberanias, e para se posicionar vai ter de continuar ligada, como uma filhinha, à América e à sua hegemonia liberal.
Vai lá vai, até a Barak'obama!
P.S.: Todos os presidentes dos EUA, com excepção de Geroge W.Bush e Nixon, foram ou são maçons. O Barak também no grau 32 do Rito Escocês Antigo e Aceite.
A viagem do elefante
Existiu, no século XVI, um paquiderme indiano que caminhou de Lisboa a Viena, ao qual José Saramago chamou Salomão e cuja história conta no seu novo livro, «A Viagem do Elefante», uma metáfora da vida humana.
«O livro narra uma viagem de um elefante que estava em Lisboa, e que tinha vindo da Índia, um elefante asiático que foi oferecido pelo nosso rei D. João III ao arquiduque da Áustria Maximiliano II (seu primo). Isto passa-se tudo no século XVI, em 1550, 1551, 1552. E, portanto, o elefante tem de fazer essa caminhada, desde Lisboa até Viena, e o que o livro conta é isso, é essa viagem», disse o escritor, em entrevista à Lusa.
Apesar das mais de 250 páginas do livro, uma edição da Caminho que estará quinta-feira nas livrarias, Saramago considera-o um conto, e não um romance, «porque lhe falta o que caracteriza em primeiro lugar um romance: uma história de amor -o elefante não conhece uma elefanta no caminho - e conflitos, crises», argumentou.
Para este novo livro, o escritor não encontrou informação histórica suficiente «para dar consistência a essa viagem, porque alguma coisa teria de acontecer enquanto a viagem durou, e durou meses», pelo que lhe restou «a invenção, fabricar uma história».
«Os dados históricos eram pouquíssimos e o que há tem que ver principalmente já com o que se passou depois da chegada do elefante à Áustria. Daqui de Lisboa até lá, não se sabe o que aconteceu. Sabe-se, ou parte-se do princípio de que foi de Lisboa até Valladolid - onde o arquiduque era, desde há dois ou três anos, regente, em nome do imperador Carlos V (de quem era genro) -, que embarcou no porto da Catalunha para Génova e que tudo o que não foi esta pequena viagem de barco foi, como costumamos dizer, à pata», resumiu.
Teve conhecimento da história «há uns anos, já bastantes», em Salzburgo, cidade a que se deslocou a convite da universidade e onde foi recebido pela leitora de português Gilda Lopes Encarnação.
«Creio que no próprio dia da minha chegada fomos jantar com outros professores a um restaurante que se chamava 'O Elefante'. O simples nome do restaurante não era suficiente para despertar a minha curiosidade, mas a verdade é que lá dentro havia uma escultura relativamente grande representando um elefante e havia, sobretudo, um friso de pequenas esculturas que, entre a Torre de Belém, que era a primeira, e outra de um monumento ou edifício público que representaria Viena, marcava o itinerário do elefante entre Lisboa e Viena. Perguntei-lhe o que era aquilo, ela contou-me e, naquele momento, eu senti que aquilo podia dar uma história», relatou.
Começou a escrever em Fevereiro de 2007, altura em que já estava bastante doente, com um problema respiratório, escreveu «umas 40 páginas» e parou, porque a doença se agravou, e acabou por ser hospitalizado durante três meses, tendo chegado a pensar que não terminaria o livro. Mas recuperou, regressou a casa em Fevereiro deste ano, embora "mal" - «de certo modo, uma sombra de mim mesmo», observou -, pôs-se logo a escrever e acabou-o em Agosto, no dia 12.
«[Contei esta história] em primeiro lugar, porque me apeteceu, e em segundo lugar, porque, no fundo - se quisermos entendê-la assim, e é assim que a entendo - é uma metáfora da vida humana: este elefante que tem de andar milhares de quilómetros para chegar de Lisboa a Viena, morreu um ano depois da chegada e, além de o terem esfolado, cortaram-lhe as patas dianteiras e com elas fizeram uns recipientes para pôr os guarda-chuvas, as bengalas, essas coisas», referiu. «Quando uma pessoa se põe a pensar no destino do elefante - que, depois de tudo aquilo, acaba de uma maneira quase humilhante, aquelas patas que o sustentaram durante milhares de quilómetros são transformadas em objectos, ainda por cima de mau gosto - no fundo, é a vida de todos nós. Nós acabamos, morremos, em circunstâncias que são diferentes umas das outras, mas no fundo tudo se resume a isso», defendeu.
Sobre a epígrafe do livro, o prémio Nobel da Literatura português sustentou que esta «é muito clara quando diz 'sempre acabamos por chegar aonde nos esperam'».
«E o que é que nos espera? A morte, simplesmente. Poderia parecer gratuita, sem sentido, a descrição, que não é exactamente uma descrição, porque é a invenção de uma viagem, mas se a olharmos deste ponto de vista, como uma metáfora, da vida em geral mas em particular da vida humana, creio que o livro funciona», comentou.
Agência Lusa (em homenagem a R)
Não li o livro ainda. Tenho medo. Gostei da ideia para a história, mas acho Saramago um chato. Chato mesmo! Na vida e na escrita. Ainda assim, neste caso vou experimentar.
Viva a flatulência (pêdorrera no alentejo)
A castanha é usada na alimentação desde tempos pré-históricos, sendo provavelmente um dos alimentos mais antigos. A árvore da castanha - Castanea sativa - foi introduzida na Europa há cerca de 3000 anos, através da Grécia.
A castanha que comemos é de facto uma semente que surge no interior de um ouriço (o fruto do castanheiro). Actualmente a castanha é consumida essencialmente no Outono e considerada quase como que uma guloseima. Contudo, noutros tempos, esta teve uma enorme importância na dieta alimentar dos portugueses. No século XVII, a castanha era considerada um dos produtos básicos da alimentação dos beirões chegando se necessário a substituir o pão ou as batatas. As minhas árvores favoritas são so flamboyants e os castanheiros
Casa do Bento
– Esta ponte é tão bonita. É a ponte D. Luís do Porto.
– Oh mãezinha, desculpe, esta ponte é a Vasco da Gama. Reconheço os candeeiros. Fui eu que os escolhi.
– Queres ver agora que eu não sei o reconhecer a Ponte Vasco da Gama... A novela é gravada em Lisboa... iam agora fazer a Vila Faia para o Porto.
FICOU ESTUPEFACTO respondendo já com um tom de irritação:
– Desculpe mãe, mas esta é a Ponte Vasco da Gama.
– Então estamos os dois a dizer a mesma coisa. Farto-me de passar por ela quando vou ao Alentejo...
Parabéns, mai belha...
1 comentário:
Nessa cidade todo mundo é D'Oxum
Homem, menino, menina, mulher
Toda essa gente irradia magia Presente na agua doce, presente na agua salgada e toda a cidade brilha...
Hoje, dia de lua cheia na Cidade da Bahia, tenho saudades de um tempo passou.
Lusa?
R
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