06 novembro 2008

Meia-vida


Media vita mortem sumus, foi o que lhe veio à cabeça naquele dia. Quantas vezes se juntou aos monges que cantam esse hino. Só ali entendeu o que queriam dizer. Ele fazia 35 anos nesse dia e foi cortar o cabelo. Olhou para o espelho da barbearia. Tudo mudou nesse dia. A água que choveu nessa manhã de primavera escorreu pelo barranco formando um lamaçal. Junto com ela escorreram também as suas lágrimas. Nunca mais a vida foi igual.

4 comentários:

Anónimo disse...

Tal como fui assíduo leitor do anterior assim pretendo continuar com este!
Abraços!

Anónimo disse...

DO LAMAÇAL SAI LINDAS FLORES, PERFUMADAS E SINGELAS, AVESSAS A SUA ORIGEM. ILUSTRAM O SISTEMA DE VIDA E MORTE, ALEGRIA E TRISTEZA, NOS DÁ LIÇÕES...PREFERIR BUSCAR NA SEIVA DA LAMA, FORÇA PARA ME TORNAR FORTE, BONITO E EXALAR O PERFUME QUE COM POUCO CUSTO SAEM DAS MINHAS PÉTALAS...
NÃO SE ESQUEÇA DOS QUE TE GOSTAM...
ZAMBI BA KETU INKICE NA VU
R

Lua disse...

Ah...meia-vida. Gostava de saber como se mede meia-vida. Não quero pensar que estou no meio..raios!
Chatice esta coisa dos meios. Eu que sou uma gaja de "ou tudo ou nada".
Enfim.
Gostava de ler aqui palavras cheias de garra e cheiro de gente. Hoje em dia já quase ninguém tem cheiro de gente.
Aceite lá um abraço apertado. Pode ser?
Beijo

Anónimo disse...

Bem vindo a LISBOA! Já que ninguém disse nada...